Até o farol ficar vermelho, sou do partido dos que aceleram,
mesmo sob o risco de colidir. Dos que pulam, mesmo sem saber se adiante tem um
buraco raso ou um abismo.
Embora eu tenha alguns dentes a menos e outros tantos
sorrisos perdidos, ainda sou do partido dos que acreditam que vale mais andar
na corda bamba do que no muro grosso.
Sou contra o GPS sentimental, saber o caminho nem sempre vai
te levar ao destino e, às vezes, a graça é se perder. Se achar necessário, ande na contramão. Aproveite e dê um
beijo no vento.
Acredito piamente que a insegurança, bagagem do medo, é peso
extra, pra quê levar na viagem? Há casos em que retrovisores também são
dispensáveis.
Desaprenda a medir o tempo. Pode até argumentar, mas matemática
não é o caminho.
Se quer mesmo brincar com jogos de azar, só aperte o
gatilho. Se for para planejar, que seja com o objetivo de desplanejar-se.
Acredite, o acaso pode ser amigo. Se por ventura ele parecer cruel por discordar dos seus planos, respire fundo, livre-se da bagagem desnecessária e pé no acelerador.
Acredite, o acaso pode ser amigo. Se por ventura ele parecer cruel por discordar dos seus planos, respire fundo, livre-se da bagagem desnecessária e pé no acelerador.
*Inspirado na inspiração alheia. Fora da mesa de bar, são os textos que conversam: http://conversademesadebar.blogspot.com.br/2012/10/apostas.html
4 comentários:
Contra o GPS sentimental, contra os mecanismos tecnológicos para burlar o acaso, contra as tentativas de determinar os caminhos amorosos, contras as medidas para enclausurar o tempo em folhinhas de calendário.
Viva o amor - ou a ausência dele.
Ótimo, como sempre Senhorita Gi. Merece um prêmio.
Um beijão,
EU.
O acaso nos traz caso, por sorte ou azar, queremos arriscar em mais um caso... só saberemos do passo seguinte quando o pé tocar o chão, até lá, tudo é incerteza.
O GPS requer um caminho pré definido, o previsível é isento de surpresas e o que não nos surpreende não nos faz lembrar que estamos vivos e o propósito de viver, nas surpresas encontramos motivos e razões que despertam sensações adormecidas e até as que nunca foram acordadas...E se tratando de assuntos sentimentais, o risco é o que os mantém latentes e a mortalidade dos momentos é que os tornam imortais. Então, acelere, salte, viva e deixe que o acaso defina o destino!
Unik Tampa Nama
Raramente fico em cima do muro, raramente não sou 8 ou 80, raramente sou 50-50, mas, desta vez, desta rara vez, concordo meio a meio com os dois posts rsrsrs
Daiane Brito
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